O preconceito seja racial ou não sempre foi algo muito discutido por todo canto
do mundo. Objeto até mesmo de reuniões governamentais, o mesmo desencadeou e
desencadeia a cada instante polêmicas.
O preconceito é algo mesquinho da parte de nós seres humanos, discriminar
alguém por sua cor, religião, seu peso, partido político ou incrivelmente time
de futebol é realmente de dar nojo.
Todos nós temos uma escolha e maneira de pensar, acatamos aquilo que nos
agrada, nascemos diferenciados e portanto o respeito mútuo é mais que
importante.
O fato de desprezarmos alguém por motivo de seus detalhes físicos ou suas
escolhas, estamos mostrando o nosso pequeno tamanho e a nossa grande
mesquinhez.
O preconceito no Brasil ainda fica muito abaixo se comparado a outros países,
como é o caso de nações onde a religião islâmica é ditada a todo o povo e ai
daquele que não seguir tal crença, simplesmente a morte o aguarda. Isso nada
mais é do que um grandioso preconceito para com as demais religiões, na cabeça
de tal gente nenhuma outra serve somente a deles.
Há casos também de brasileiros cujas religiões eram o cristianismo que ao
chegarem em nações onde o budismo predominava, foram simplesmente deixados de
lado como indivíduos sem serventia alguma.
Mas voltando aqui ao Brasil, a pouco tempo atrás ficou voando aos ares um
comentário de que nordestinos vindos de mala e cuia à capital paulista, ao
chegarem eram caçados e exorcizados por jovens paulistanos pelo simples motivo
de virem do nordeste brasileiro.
Na questão de empregos existe aí um grande preconceito por parte dos empregadores
em dois quesitos, altura e peso. Muitas empresas alegando necessitarem de
funcionários com uma alta estatura, por motivo de possuirem serviços em que a
mesma é exigida, deixam de contratar uma pessoa de baixa estatura mas
capacitada. O mesmo ocorre com o quesito peso, muita gente não encontra emprego
por fazerem parte do time dos gordinhos.
Os negros todos sabem sempre foram alvo de todo e qualquer tipo de preconceito,
nas questões trabalho, escola, política, esportes em geral e até mesmo vida
sentimental, onde negras e negros foram e ainda são desprezados no momento de
conseguirem um par romântico.
A mais conhecida e estudada fase de preconceito contra negros é com certeza o
período da escravidão, onde os brancos europeus aprisionavam crioulos e os
faziam de instrumentos para trabalhos de seus interesses. Não resta dúvida de
que os negros foram aprisionados e escravizados, simplesmente pelo ódio e nojo
dos brancos europeus para com suas cores.
Ainda hoje principalmente em nosso país, negros penam dentro de empresas em
serviços brutos e pesados pelo fato de não conseguirem promoções dignas de suas
capacidades, apenas por serem de peles escuras.
No entanto, não somente os negros como muitos outras raças teoricamente “diferentes”,
são visadas negativamente na questão capacidade para trabalho, o preconceito
prevalece e muito no momento de uma contratação ou mesmo promoção.
Mas o preconceito apresenta-se em vários tipos, como é o caso do fator pobreza.
Dificilmente uma família bastarda privilegiada por uma boa grana, aceita que um
humilde rapaz ou uma simples moça ingresse através de um casamento em sua
família, a não ser que seja mais ou menos como a história dos teimosos Romeu e
Julieta que batalharam até o fim independentemente das circunstâncias que os
afligiram.
O preconceito é algo que destrói nosso eu, sem que percebamos. Todos nós temos
capacidades e potencialidades escondidas atrás de uma pele escura ou bem clara,
de um peso um pouco acima do normal, de uma conta bancária que nenhum centavo
apresenta ou de uma crença tida como “esquisita”. Dessa forma o fator respeito,
deve se fazer presente em toda e qualquer relação humana, nos trazendo a
imparcialidade para não sermos injustos com quem é capaz e deixando de lado o
maldito e cego preconceito.
Douglas S. Nogueira