Late, Late, Mal Criado!

No amanhecer do dia,
Lá vai Severina,
Com seu cãozinho ao lado
Mal criado a segui-la.

Rumo à padaria da esquina
Latindo desvairado,
Totó late mal criado,
Acordando toda rua do bairro Geraldo.

Não há quem possa parar,
Aquele latido a gritar
Mal criado a zunir,
Incomodando todo ouvir.

Severina não autoritária,
Lamenta o incômodo,
Chegando à padaria
Dá-lhe um chute no estômago.

Cessando a dor, Totó recomeça.
De volta para casa, latindo desvairado
Um pouco cansado,
E a vizinhança esbravejando,
Late, late mal criado!


Douglas S. Nogueira

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